A presidente da Fundação Mario Leal Ferreira, Tânia Scofield, afirmou neste sábado (18) que não fará uma nova audiência pública sobre a obra de requalificação do Rio Vermelho, em Salvador. De acordo com Tânia, a primeira fase do projeto, para discussão dos detalhes, foi feita nos últimos anos, e uma nova audiência “não se justifica”. “Eu não posso concordar. Porque seu eu concordar, eu estou considerando que o nosso processo de dois anos não foi legitimo, não vou reconhecer aqueles que participaram e discutiram por todo esse tempo. Como é que eu vou fazer isso agora por causa de um grupo pequeno?”, questionou, em entrevista ao Bahia Notícias. Scofield disse, ainda, que as reuniões foram previamente divulgadas e que, em duas delas, o prefeito ACM Neto chegou a participar. “Eu sinto muito, de verdade. Porque quanto mais discussão, menos problemas se tem depois. Por alguma razão eles não quiseram ou não puderam participar, mas eu acredito que a informação foi repassada”, alegou. A presidente da fundação, responsável pelas obras de requalificação da orla de Salvador, participou de uma reunião na última quarta-feira (15) com cerca de dez representantes do movimento para responder questionamentos. No encontro, ela explicou alguns pontos como a retirada do heliponto, previsto no projeto original do novo Mercado do Peixe, e defendeu que todos os projetos tem sido feitos com a participação popular. “No fim, são os moradores que validam o projeto. A gente entende que quem melhor entende os espaços são aqueles que vivem, que trabalham naquele local. A gente apenas traduz tecnicamente, mas eles têm uma visão melhor”, explicou. “Todos os nossos projetos têm sido participativos. Não se justifica, pelo menos por esse argumento, essas reclamações”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário