O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça, nesta quinta-feira (11), o pai e a madrasta da menina que foi espancada até a morte dentro da própria casa, em Brás de Pina, na zona norte do Rio. Felipe Ramos da Silva e Joelma Souza da Silva vão responder por homicídio triplamente qualificado. Após a morte da menina, os reús tentaram mascarar a cena do crime lavando os vestígios de sangue e retirando objetos do apartamento que pudessem incriminá-los. Na época do crime, a mãe da criança, Marlene de Almeida Rocha, contou que a guarda de Micaela foi repassada ao pai depois que ela perdeu o emprego, quando a menina tinha 2 anos. Ela alega nunca ter notado nenhum vestígio de agressão no corpo da pequena e disse que ela costumava ir ao pediatra. O delegado André Leiras afirma que a menina apresentava marcas que pareciam de pauladas em várias partes do corpo e tinha sinais de desnutrição. “Em 14 anos de polícia, nunca vi uma cena tão horrorosa. Ao mostrar ao pai a imagem da filha morta, ele não esboçou reação. Foi conivente, mas também queremos saber se ele a espancou. Eram tantas lesões que será necessário exame complementar para definir a causa da morte”, disse o delegado. Os exames iniciais no corpo de Micaela dão as pistas do sofrimento da menina. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, foram ao menos 25 lesões. A maior delas, na cabeça, tinha 6,5 centímetros. O documento aponta que a criança pode ter sofrido traumatismo craniano e edema encefálico.
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