
Conhecido pelos investigadores como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro sondou criminalistas de Brasília para assumirem o acordo de delação premiada que ele pretende fechar com o Ministério Público Federal (MPF). Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, apesar dos rumores de que uma eventual delação já estaria sendo adiantada, essa atitude demonstra justamente o contrário: a negociação não ocorre na velocidade desejada pelo doleiro. Preso na Operação Sépsis (saiba mais aqui), que investiga corrupção na liberação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), Funaro é constantemente atrelado a outras investigações. Em maio, ele também foi envolvido na delação da JBS quando o empresário Joesley Batista admitiu para o presidente Michel Temer (PMDB) que pagava pelo silêncio do doleiro e de Cunha. Com a deflagração da Operação Patmos, a irmã de Funaro, Roberta, foi presa (veja aqui). Ela foi flagrada pela PF recebendo uma bolsa com R$ 400 mil de Ricardo Saud, operador e delator da JBS.