O governo da Bahia tem grandes obras em curso ou planejadas, mas pode esbarrar nos cortes sucessivos feitos pela União para tentar conter a crise econômica. Além das quedas de transferências correntes e da suspensão de operações de crédito determinada pelo Tesouro Nacional, a gestão tem que lidar com a dependência de recursos do governo federal. "A capacidade para investir com recursos próprios é quase nula. E as operações de crédito estão suspensas, o Tesouro tem 'botado o pé'. Mas estamos conseguindo manter os empreendimentos em andamento" explicou o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, ao A Tarde. Entre as questões mais problemáticas, está a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), que deveria ficar pronta em 2015. Inteiramente financiada pela União, a obra segue em “ritmo mais lento” e teve os repasses deste ano reajustados de R$ 300 milhões para R$ 190 milhões. Segundo a Valec, estatal responsável pela obra, a atual previsão de conclusão é fevereiro de 2018.O metrô de Salvador tem melhor perspectiva, mas não está completamente assegurado. A construção, com previsão de entrega para o final de 2017, está orçada em R$ 2,2 bilhões: R$ 1,2 bilhão do governo federal e o resto financiado pela Caixa Econômica Federal. Até agora, apenas R$ 245 milhões foram repassados, de acordo com a Casa Civil. Já o VLT do Subúrbio da capital deve ficar para depois da crise. A licitação estava inicialmente prevista para o primeiro semestre de 2014, mas o Palácio do Planalto já avisou que a prioridade são obras que já começaram.
domingo, 13 de setembro de 2015
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Cortes da União podem afetar obras do governo da Bahia.
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